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Em meio a geleiras, velejador Aleixo Belov enfrenta mar do Oceano Ártico

Seis meses após a partida de Salvador, o navegador Aleixo Belov, 79 anos, e a tripulação do veleiro Fraternidade enfrentam o mar gélido do Oceano Ártico. O trecho – que marca um feito inédito nas viagens feitas pelo velejador ao redor do mundo – é um dos mais difíceis da expedição, em virtude das geleiras que impedem a navegação.

A parte gelada da viagem começou em Nome, no Alaska, no dia 12 julho. Belov relatou que, apesar da saída tranquila, passou por situações complicadas por causa do gelo. “Durante a última semana (início de agosto), vínhamos pegando a carta de gelo pela internet e o degelo estava avançando. Mas, para nossa surpresa, depois que saímos, o degelo deu um retrocesso. O vento norte empurrou o gelo para o sul e piorou ainda mais o que já não estava bom”.

Em determinado momento da viagem, a tripulação foi obrigada a parar e ficar à deriva. “Procuramos um gelo grande, saltamos nele com uma alavanca, cavamos um buraco, instalamos uma garateia com um cabo e ficamos derivando junto com o gelo”, relata o navegador, salientando que, “como a maior parte do gelo fica submersa, passamos a derivar bem mais devagar, o que foi muito bom. Mas, o gelo foi derretendo e fomos obrigados a trocar por outro, até que ficamos derivando sozinhos”.

O período difícil durou cerca de dez dias, quando as cartas de concentração de gelo marinho indicaram uma melhora. Ao chegar na metade da viagem, Belov comemorou a conquista de passar pelo Estreito de Bering: “tripulação vitoriosa”. Atualmente, ele está no assentamento Gjoa Haven, em Nunavut, no norte do Canadá, e segue sentido à Groenlândia, na segunda etapa da travessia do mar gelado.

Foto: Leonardo Papini/ Divulgação
Por: Metro1

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