
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada em 14 de maio de 2025 pela Primeira Turma do STF a dez anos de prisão por envolvimento no ataque hacker aos sistemas do CNJ em 2023. Além da pena de reclusão, perdeu o mandato parlamentar automaticamente.
Poucos dias depois da sentença, Zambelli deixou o Brasil alegando necessidade de tratamento médico nos Estados Unidos e planeja fixar-se na Europa, onde possui cidadania italiana, argumentando que “se cansou” de ficar calada diante do que chama de “falta de liberdade” no Judiciário brasileiro. Ela pretende, de lá, continuar suas manifestações políticas e denunciar, em cortes europeias, o que considera perseguição ideológica.
Autoridades do STF avaliam a possibilidade de decretar prisão preventiva e solicitar difusão internacional via Interpol, caso fiquem convencidos de que sua saída visa burlar a execução da pena. A defesa afirma que a ausência é estritamente para tratamento de saúde e prepara pedido de licença não remunerada na Câmara. Políticos aliados consideram que sua partida fragiliza o PL em São Paulo, enquanto opositores veem como demonstração da fragilidade de líderes que atacam o Judiciário.
Nos próximos dias, pode haver pedido de prisão preventiva contra Zambelli, e a defesa deve apresentar recursos ao STF para tentar reduzir a pena ou, ao menos, obter regime domiciliar, alegando problemas de saúde. Até o momento, não se confirmou se houve requerimento de habeas corpus ou recursos especiais. Enquanto isso, seu suplente deverá assumir interinamente o mandato. Zambelli garante que só retornará ao Brasil quando “o cenário político mudar” e que continuará, do exterior, a denunciar “arbitrariedades” do Judiciário brasileiro.
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