Em meio à suspeita de corrupção relacionada à compra de 20 milhões de doses da vacina contra covid-19 Covaxin, que envolveu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma grave crise, os estudos com a principal aposta do governo federal para um imunizante “totalmente nacional” e outras três vacinas financiadas pelo MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) caminham a passos lentos.⠀
Mais de três meses após o governo federal anunciar que estava financiando o desenvolvimento da Versamune, em 26 de março, o imunizante é, segundo o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, o projeto mais avançado. Contudo, a Anvisa solicitou que mais pacientes sejam envolvidos nas fases 1 e 2 do que o previsto quando a vacina foi protocolada na agência. A data para novo protocolo é 24 de julho.⠀
Além da Versamune, o MCTI destaca outros três projetos de imunizantes em estágio “mais adiantado”: um spray nasal desenvolvido pelo Instituto do Coração, em São Paulo, que pretende impedir também a transmissão do coronavírus por agir nas vias respiratórias para imunizar as pessoas; uma vacina desenvolvida pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais); e um imunizante desenvolvido na Bahia, de RNA.⠀
O governo federal promete que destinará R$ 310 milhões para o desenvolvimento da vacina que avançar para a fase 3 dos estudos — que envolverá mais de 20 mil voluntários. ⠀