Já empossado como novo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues destacou neste domingo (1º) que na sua gestão entre 2023 e 2026 pretende “trabalhar incansavelmente pelo desenvolvimento dos 15 milhões de baianas e de baianos”. No discurso, o gestor – que inicia o quinto mandato seguido do PT à frente do governo baiano – garantiu que vai investir em grandes obras de infraestrutura, citando a ponte Salvador Itaparica. “Caminharemos juntos para realizar os projetos e enfrentar os desafios em prol do desenvolvimento dos 27 Territórios de Identidade”, afirmou.
No ato de posse, o novo governador foi conduzido ao plenário pelos deputados Fabiola Mansur (PSB), Ivana Bastos (PSD), Neuza Cadore (PT), Robinson Almeida (PT), Rosemberg Pinto (PT) e Fabrico Falcão (PCdoB). O ato foi dirigido pelo presidente do legislativo, Adolfo Menezes (PSD). Após a execução do Hino Nacional, o governador Jerônimo Rodrigues leu o juramento e, em seguida, o presidente da Alba convidou o 1º Secretário da Mesa Diretora, o deputado estadual Júnior Muniz, para a fazer as leituras do Termo de Posse e da declaração de bens do governador, que assinou o documento às 8h42.
O novo governador destacou que a sua reforma administrativa – aprovada na Alba em dezembro – busca o fortalecimento das áreas sociais. “Assumo (o Estado) com muita consciência e responsabilidade”, frisou. “Sou um homem trabalhador, vindo do interior da Bahia. Como outros tantos, eu também precisei sair em busca de oportunidades”.
Os problemas causados pelas chuvas em dezembro foram mencionados pelo atual governador na posse. Na semana passada, ele e o então gestor estadual Rui Costa anunciaram que a Procuradoria Geral do Estado seria acionada para cobrar judicialmente da Chesf por não ter avisado que aumentaria a vazão na barragem de Pedra. “Não admitiremos que nada e nem ninguém ponham em risco a vida e a dignidade do povo da Bahia”, disse.
“Sonho foi maior”
O líder petista também aproveitou para mandar um recado na área política, usando um trecho do hino ao Dois de Julho. “Com tiranos não combinamos brasileiros corações”. O discurso de posse de Jerônimo teve outros trechos dedicados à política, nos quais fez repetidas defesa da democracia.
“Considero fundamental para a realização de todos os investimentos e transformações que colocaram a Bahia em um outro patamar de respeitabilidade externa e de desenvolvimento real”, disse Jerônimo em referência ao Programa de Governo Participativo como exemplo de uma administração comprometida com a igualdade e a democracia.
Perfil
Primeiro governador autodeclarado indígena do Brasil, Jerônimo Rodrigues (PT) é natural de Aiquara. Tem 57 anos e é engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Foi eleito em outubro, ao receber 49,45% dos votos no primeiro turno e vencer as eleições na segunda rodada, com 52,79% dos votos válidos. Nas duas gestões do agora ex-governador Rui Costa, foi secretário do Desenvolvimento Rural e da Educação.
Este será o primeiro cargo eletivo de Jerônimo. Em gestão, atuou também no governo federal, onde exerceu os cargos de secretário executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento Agrário, secretário nacional do Desenvolvimento Territorial (SDT/MDA), secretário executivo do Programa Proterritórios/Cumbre Ibero Americana e assessor especial do Ministro do Desenvolvimento Agrário. As quatro experiências ocorreram no primeiro governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Na gestão do ex-governador Jaques Wagner (PT), foi assessor especial da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (2007/2010) e assessor especial da Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (2010).
Conteúdo: Bahia.ba