Política

Em 2020, Bolsonaro respondeu por 175 registros de violência contra jornalistas

O ataque de Jair Bolsonaro (sem partido) contra a jornalista Driele Veiga, da TV Aratu, não foi o primeiro direcionado pelo presidente à profissionais da imprensa.

O ano de 2020 foi o mais violento, desde o começo da década de 1990, quando a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) começou a contabilizar estes tipos de ataque. A informação consta no Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, lançado em janeiro.

Para a FENAJ, o aumento da violência está diretamente associado à ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência.
“Houve um acréscimo não só de ataques gerais, mas de ataques por parte desse grupo que, naturalmente, agride como forma de controle da informação. Eles ocorrem para descredibilizar a imprensa para que parte da população continue se informando nas bolhas bolsonaristas, lugares de propagação de informações falsas e ou fraudulentas”, afirma Maria José Braga, presidenta entidade.

Só o presidente Jair Bolsonaro respondeu por 175 registros de violência contra a categoria (40,89% do total de 428 casos): 145 ataques genéricos e generalizados a veículos de comunicação e a jornalistas, 26 casos de agressões verbais, um de ameaça direta a jornalistas, uma ameaça à Globo e dois ataques à FENAJ.

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