No final do segundo ano, o projeto Resiliências Climáticas alcança o momento de identificação e sistematização de boas práticas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Este momento decorre do processo de construção participativa dos Planos Locais e Territoriais de Adaptação às Mudanças Climáticas, desenvolvidos nos 4 territórios de atuação do projeto, envolvendo diversas comunidades tradicionais. O objetivo do levantamento de boas práticas é proporcionar um grande acervo para que sociedade civil, ONGs, povos tradicionais, entes governamentais e privados possam potencializar as suas ações.
Resiliências Climáticas entende que a identificação de práticas sustentáveis de gestão territorial promovidas pelos atores comunitários e dos impactos socioambientais de modelos de desenvolvimento intensivos no uso dos recursos naturais é fundamental para sensibilizar a sociedade e os gestores públicos a respeito do papel dos povos tradicionais na conservação do planeta, na mitigação das mudanças climáticas. Estas práticas já são aplicadas por diversas organizações. A União Europeia também reconhece o potencial das boas práticas e realiza encontros periódicos com os projetos que são por ela cofinanciados para promover sinergias e identificar novas oportunidades.
Assim, Resiliências Climática abre uma chamada para autodeclaração de boas práticas de adaptação às Mudanças Climáticas na Bahia. O objetivo aqui é ampliar o conhecimento sobre elas e aproximar conhecimentos tradicionais aos domínios técnicos e científicos.
As boas práticas submetidas à chamada devem considerar, portanto:
– participação de comunidades locais tradicionais;
– as ameaças e/ou os impactos das mudanças do clima enfrentadas;
– características das comunidades interessadas e de suas atividades econômicas;
– características do território no que diz respeito ao solo, água e clima; solução e
impacto positivo das práticas territoriais.
A sistematização dessas boas práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas será registrada e divulgada em dois eixos principais: em plataforma digital direcionada para o clima, em que serão consideradas todas as propostas submetidas; e através de publicação digital com a seleção de 12 práticas, sendo 3 por bioma baiano. Este registro possibilitará um acervo muito importante para troca de experiências entre os territórios e para a construção de políticas públicas atentas aos desafios e soluções territoriais. Assim, sociedade civil, organizações não governamentais e entidades governamentais poderão usufruir do resultado desta chamada, apoiada na sabedoria empírica e nos conhecimentos ecológicos tradicionais.
Se você, a organização em que participa ou alguma organização conhecida, conhece, ou vivenciou uma boa prática, envia para gente. Acesse o site do Gambá ou clique no link abaixo e cadastre a sua experiência: