Mulher paranaense recebia R$ 50 de empresário baiano para abusar da filha de 13 anos; os dois estão presos
O representante comercial de 58 anos, preso em flagrante na manhã desta terça-feira, 21, pelo crime de estupro de vulnerável por meio virtual, pagava cerca de R$ 50 a R$ 80 para ter acesso às transmissões e vídeos de mãe e filha em ato sexual. A adolescente tinha apenas 11 anos quando começou a ser vítima do ‘esquema’, segundo a titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Dercca), Simone Coutinho.
Conforme a delegada, ao Jornal A Tarde, a mãe da adolescente e o representante comercial mantiveram um relacionamento há pelo menos 6 anos, sempre por meio virtual. Mãe e filha moram na cidade de São Mateus, no interior do Paraná.
Além do material da vítima, que agora tem 13 anos, a polícia encontrou material pornográfico de outras crianças e adolescentes nos dois celulares e um notebook apreendidos com o representante comercial. Em algumas imagens, o suspeito aparece se relacionando com outras vítimas.
“Foi encontrado um farto material consoante a situação sexual de crianças e adolescentes. Cenas de sexo, vídeos e fotografias de adultos se relacionando sexualmente com crianças. Inclusive, cenas da mãe e da filha do Paraná. Nelas, haviam atos libidinosos entre as duas e também essa interação com feitas pelo suspeito”, contou a delegada durante a entrevista coletiva na manhã desta terça, na sede da especializada, em Brotas.
Prisão
‘Senhor de idade’, casado e morador do bairro da Barra, em Salvador, ele foi preso graças as investigações iniciadas em fevereiro deste ano, após a prisão da mãe da adolescente. A vítima teria relatado o crime na escola e dado o ponto de partida para as prisões. A polícia ainda investiga se existem mais coautores neste caso e outras vítimas do representante de vendas.
Inicialmente, o suspeito ainda teria se mostrado surpreso e negou ter cometido o crime, até o momento em que os policiais tiveram acesso aos dispositivos. A esposa, que estava no imóvel no momento da prisão, chegou a passar mal. “A investigação segue em continuidade para ver se há outras crianças, ou seja, outros estupros de vulnerável”, contou Coutinho.
Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão encaminhados para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
A prisão foi resultado de uma carta precatória da Justiça do Paraná, porém, por ter sido pego em flagrante com o material ilegal, ele deve ficar custodiado em Salvador, além de responder pelo crime no Paraná. “Como se trata de crime grave, as circunstâncias permitem que representamos pela prisão preventiva aqui também no estado da Bahia também”, explicou.
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