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Elisangela Araújo assume mandato de deputada federal no lugar de Zé Neto

Elisangela iniciou sua militância nas comunidades de base rurais ligadas à Teologia da Libertação da igreja católica, onde se aproximou do Partido dos Trabalhadores (PT).

A secretária das Mulheres do Estado, Elisangela Araújo, irá assumir uma vaga na Câmara Federal, nesta quarta-feira (24), em substituição ao deputado Zé Neto, que anunciou, nesta terça-feira (23), a licença do cargo para disputar as eleições para a prefeitura de Feira de Santana, durante uma entrevista coletiva, no município. Elisangela teve 73.138 votos para deputada federal nas eleições de 2022, sendo a primeira suplente pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

“Estou muito honrada e feliz por este novo desafio. Sou uma mulher do campo; uma agricultora familiar, com muito orgulho das minhas origens; mãe solo; do PT; e faço parte de um projeto político liderado por nosso presidente Lula. Quero agradecer ao meu querido governador Jerônimo, que me confiou essa missão na Secretaria das Mulheres e me confia mais essa missão na Câmara Federal, onde serei mais uma força a somar para a Bahia e para Feira de Santana junto com Zé Neto, que, neste momento, demonstra uma nobreza muito grande”, afirmou.

Como esclareceu Zé Neto, “esta é a primeira eleição que vou me afastar e me dedicarei integralmente, com toda energia que tenho, para que Feira sai do isolamento, rumo ao futuro. Ter a companheira Elisangela, com vivência feirense, mulher do campo e aguerrida, assumindo como deputada federal, nos traz o conforto e a confiança de que serão mantidos todos os compromissos que tivemos em Feira, bem como as lutas por melhores dias para o povo baiano. Tenho certeza que nossa cidade estará muito bem representada”, afirmou.

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Elisangela é uma agricultora familiar nascida no município de Valente, no Semiárido do Nordeste Baiano. Ela iniciou sua militância nas comunidades de base rurais ligadas à Teologia da Libertação da igreja católica, onde se aproximou do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2014, ela fez sua primeira candidatura à Federal, recebendo mais de 31 mil votos. Em 2018, obteve 64.239 votos e, em 2022, na terceira tentativa, recebeu mais de 73 mil votos, ficando na condição de suplência.

Elisangela também foi coordenadora geral da Federação Nacional da Agricultura Familiar (FETRAF); presidenta do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (SINTRAF) de São Domingos e diretora estadual da CUT-Bahia. Na CUT Nacional, ela ocupou a Diretoria Executiva por três mandatos e foi secretária geral do Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais (DNTR/CUT). Elisangela também foi secretária Agrária Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Agrário do Governo de Transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Elisangela atuou, ainda, como assessora no mandato do senador Jaques Wagner (PT).

Secretária das Mulheres – Em 2023, a convite do governador Jerônimo Rodrigues, Elisangela Araújo assumiu a Secretaria das Mulheres do Estado da Bahia (SPM). Neste um ano e meio de gestão, ela implementou uma série de programas e projetos estratégicos em articulação com os diversos órgãos estaduais, municipais e federais. Um dos principais avanços da gestão foi a criação da Plataforma “Elas à Frente”, para garantir que as políticas para as mulheres sejam efetivadas de maneira transversal em todas as esferas de governo, o que foi delineado no Programa de Governo Participativo (PGP) e no Plano Plurianual (PPA 2024-2027). Para se ter uma ideia, o orçamento da própria Secretaria das Mulheres do Estado saltou de aproximadamente R$ 11 milhões, em 2022, para cerca de R$ 27 milhões, em 2024.

Na sua gestão à frente da SPM, foram ampliadas as ações de prevenção e enfrentamento às violências contra a mulher e implantadas diversas ações voltadas para a inclusão socioprodutiva, à autonomia econômica e para a igualdade de gênero no mundo do trabalho.

Para se ter uma ideia, foram implantados os programas Oxe, me respeite! Oxe, me respeite – nas escolas e instalada, em parceria com o governo federal e o município, a Casa da Mulher Brasileira, em Salvador. Todos esses programas e o equipamento são destinados à prevenção e enfrentamento às violências de gênero.

Também com Elisangela, o Estado começou a instalação das Salas Elas à Frente, para a realização de diversas atividades relacionadas à inclusão socioprodutiva e autonomia econômica das mulheres, como cursos de capacitação, seminários, palestras e rodas de conversa. A sala também é um importante instrumento da política pública para acolher e apoiar as mulheres vítimas de violência doméstica e fazer o encaminhamento para a rede de apoio.

Foram implantadas Salas Elas à Frente na Estação do Metrô de Pirajá e nos bairros do Calabar e Nordeste de Amaralina, em Salvador. No interior, as salas estão em São Domingos, Cachoeira e Itabuna e um protocolo de intenções foi assinado com a Associação dos Municípios da Região Cacaueira da Bahia (Amurc), para a implantação de 40 Salas Elas à Frente nos municípios dos Territórios de Identidade do Extremo Sul, Litoral Sul e Sudoeste.

Ainda na gestão de Elisangela, a Secretaria das Mulheres lançou editais para fomentar a inclusão socioprodutiva das mulheres no mundo do trabalho, estimular a autonomia econômica e o empoderamento feminino. O Edital Cooperativa com Elas destinou R$ 2 milhões para grupos produtivos com a previsão de alcançar mil mulheres do campo. Já o Edital Elas à Frente Chefes de Família destinou R$ 474 mil para instituições que realizam ações com mulheres monoparentais. E o Edital Elas à Frente pelo Fim da Violência destinou R$ 2,6 milhões para 41 instituições que realizam projetos voltados para a prevenção e o enfrentamento às violências de gênero.

Dentre as ações transversais com outros órgãos estaduais, o governo do Estado destinou R$ 2,5 milhões para a assistência e inclusão socioprodutiva de mulheres indígenas, alcançando 14 entidades de diversos grupos étnicos, envolvendo a Secretaria das Mulheres (SPM) e Secretaria de Desenvolvido Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

Destaca-se ainda o alcance de 5 mil famílias de agricultoras e agricultores familiares beneficiadas com R$ 23 milhões para aumentar e ou diversificar a produção de alimentos e a geração de renda no campo. A aplicação dos recursos, oriundos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) em parceria com a Secretaria das Mulheres do Estado (SPM).

Dentre outras iniciativas implementadas por Elisangela à frente da SPM estão aquelas com foco na educação inclusiva e não sexista; na escuta territorial e que visam, ainda, a participação política e de cuidados das mulheres do campo e da cidade. Outro destaque é o Selo Lilás, lançado para certificar empresas que se destacam pela promoção da igualdade de gênero no ambiente do trabalho.

Conteúdo: Politica livre

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