Cruz das Almas: profissionais da educação realizam manifestação pelo pagamento do abono salarial com as sobras do Fundeb
Reunidos em frente ao Paço Municipal, trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede municipal de ensino de Cruz das Almas fizeram um apitaço como forma de protesto pelo pagamento do abono salarial com as sobras do Fundeb, contra a antecipação do salário de janeiro.
De acordo com nota do Sindicato, “na mobilização, professores, professoras e demais servidores evidenciaram as incoerências, truculências e imposições da secretária de educação, que afirmou recentemente que aqueles que participam do movimento sindical são politiqueiros”.
A Lei nº 14.276/2021, em conformidade com o Novo Fundeb, autoriza a Prefeitura a pagar aos profissionais em efetivo exercício, bonificação, abono, aumento de salário, atualização ou correção salarial para atingir o mínimo de 70% dos recursos.
“Não aceitamos a manobra que estão querendo fazer com os recursos do Fundeb. Queremos o abono com as sobras. Não vamos recuar. Abono sim, manobra não. É um direito de todos os profissionais da educação que fazem parte dos 70%”, disse o professor Carlos Augusto, diretor da APLB de Cruz das Almas.
“Quem defende o trabalhador é o trabalhador. Para obter vitória é preciso lutar. Quando a gente vem falar sobre o abono não é apenas por causa da questão financeira. Precisamos de uma educação de qualidade. Democracia ainda é a melhor forma de governança, porque nós tiramos aqueles que não prestam e reconduzimos aqueles que prestam”, disse Nadson Lopes, Delegado do SINDSEMC – Sindicato dos Servidores Municipais Cruzalmenses.
“Os professores estão com toda a razão, diante da precariedade nas condições de trabalho na qual estão submetidos. São reivindicações legitimas e merecem o respeito de toda a sociedade cruzalmense. Estamos imbuídos de estar com vocês nessa luta contra os atos ditatoriais que estão sendo colocados”, disse Orlando Oliveira, representante do SINPAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário.
No final da mobilização ficou decidido aguardar as últimas movimentações financeiras do governo municipal, diante do encerramento do exercício financeiro de 2022. Os sindicatos seguem monitorando os gastos do Fundeb, e o recado foi dado: a categoria não aceita as mesmas manobras de 2021
ASCOM – APLB