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Bahia segue na bronca com a arbitragem após derrota para o Flamengo; Bellintani: ‘Um assalto’

O Bahia perdeu para o Flamengo por 3 a 0 na noite desta quinta-feira (11), no Maracanã, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Gabriel, Michael e Andreas Pereira marcaram para o time da casa. A partida foi marcada pela revolta tricolor com a arbitragem de Vinícius Gonçalves Dias Araújo, que acusou um pênalti equivocado para o Rubro-negro.

Com 36 pontos e na 16ª colocação, o Esquadrão de Aço volta a jogar na próxima quinta-feira (18) contra o Sport, na Ilha do Retiro. A margem para o Z-4 diminuiu e a diferença para o Juventude, que está na 17ª colocação, é de três pontos.

Arbitragem

O confronto no Maracanã marcou por mais uma bronca de arbitragem por parte do Tricolor. No primeiro tempo da partida, o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo marcou uma penalidade máxima para o rubro-negro após a bola bater no peito do zagueiro Conti dentro da área. O juiz teve oportunidade de rever o lance no VAR.

Através do Twitter, o presidente do Esquadrão de Aço, Guilherme Bellintani, classificou o ocorrido como um “assalto” e questionou o interesse em rebaixar o clube para a Série B.

“O futebol brasileiro virou um escândalo, um assalto, um absurdo. Fechem as portas. Terceiro jogo seguido com erro afrontoso contra o Bahia. Vergonhoso, indisfarçável. Querem rebaixar o Bahia? Eu imagino porque. Mas não vão conseguir”, escreveu.

É o terceiro jogo seguido que o clube reclama de decisões dos juízes. Nas partidas contra Juventude e São Paulo, os tricolores tiveram pênaltis negados mesmo após a consulta ao árbitro de vídeo.

O vice-presidente do Tricolor questionou o trabalho de Leonardo Gaciba na Comissão de Arbitragem e pediu para que ele deixe a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Quem vai devolver os pontos para o Bahia? Quem vai botar a cara? Temos um presidente de comissão de arbitragem que é um covarde. Ele não fala nada. Estamos cansados, Gaciba. O seu trabalho é um desastre. Tenha vergonha, peça para sair”, disse.

A crítica também passou pela gestão da entidade máxima do futebol nacional. Para Ferraz, se não há mudança no quadro, a CBF “compactua” com as falhas recorrentes.

“Não suportamos mais isso. Arbitragem não pode decidir partida. Arbitragem tem que trabalhar com correção! Não vamos tolerar. Quando vai acabar isso? A CBF vai continuar compactuando com isso? Se não muda, é porque compactua”, indicou.

“É uma falta de respeito com um trabalho sério, ser prejudicado dessa forma. Quem vai dar explicação? Estamos exaustos. Vocês não vão derrubar o Bahia”, completou.

Transformar os erros em motivação

O treinador Guto Ferreira e os jogadores também questionaram a atuação da equipe de arbitragem. A indignação por conta do pênalti equivocado a favor do Flamengo foi explícita pelos jogadores do Tricolor nas redes sociais.

Um deles foi o centroavante Gilberto, que destacou a “sensação de vergonha” e pediu o apoio da torcida na reta final da competição.

“Hoje a sensação que nós atletas profissionais do Bahia estamos sentindo é de vergonha, estamos sendo prejudicados em nossos jogos. Agora mais do que nunca necessitamos do apoio incondicional dos nosso torcedores”, escreveu.

O volante Patrick, que estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo, foi pela mesma linha do camisa 9 e lembrou da força da torcida.

“Sem muitas palavras para dizer agora. É pedir seu apoio esquadrão! Seguimos contra tudo e contra todos. Vamos lotar a Fonte em todos os jogos e provar que podem fazer o que quiser. Seguimos intactos”, publicou.

O atacante Hugo Rodallega lamentou a atuação do árbitro. “É muito doloroso que eles destruam nosso trabalho assim”, resumiu.

Após os noventa minutos, o técnico Guto Ferreira fez questão de deixar claro que o time não vai perder o foco e falou em transformar a revolta em atitude dentro do campo. Na próxima quinta (18), o desafio será contra o Sport na Ilha do Retiro.

“Temos uma semana e não vamos sair do foco de jeito nenhum. Essa indignação vai ser revertida em atitude. Vai ser uma partida dificílima, o Sport vem fazendo grandes jogos e temos que fazer o nosso melhor lá”, disse.

O comandante tricolor não poupou críticas ao trabalho realizado por Vinícius Gonçalves Dias Araújo e lembrou que a equipe vem sofrendo com erros dos juízes nas últimas partidas.

“A gente quer sempre pensar o melhor dos profissionais que estão trabalhando. A gente sempre defendeu o vídeo para moralizar o futebol, melhorar a qualidade, mas estão desvirtuando tudo. Errar um lance com a bola andando é uma situação. Errar com vídeo e interpretar como você quer? O problema é que contra o Bahia não foi uma vez. Nos três últimos jogos o VAR disse uma coisa e o árbitro disse outra. O clube vai até a comissão de arbitragem e só vem desculpinhas esfarrapadas, que não resolvem nada! Até quando? Nós temos família para criar, velho. Quem se ferra depois são os profissionais envolvidos! Quem não consegue desenvolver o trabalho são a comissão técnica e jogadores. Muitas vezes o cara erra e é promovido a apitar final de Série D, grandes jogos de Série A, Série B e eles não têm que ir pro microfone. São protegidos. Nós precisamos de lisura! Nós precisamos de lisura”, pontuou.

“A gente sabia que ia ser difícil e a gente tinha o controle da partida. Até aquele momento, tínhamos dado duas estocadas boas que poderiam gerar alguma coisa. Jogar no Maracanã é difícil e ainda mais eles vindo de um resultado ruim. Estamos falando de um finalista da Libertadores. Até aquele momento, o Bahia vinha cumprindo seu papel”, acrescentou.

No intervalo da partida, o time cogitou não voltar ao gramado. De acordo com Guto Ferreira, o atraso foi uma forma de demonstrar repúdio ao que foi decidido pelo homem do apito.

“Indignação total. A gente precisava fazer alguma coisa. O atraso foi uma forma de protesto. Manter o equilíbrio porque o jogo seguia e a gente tinha condições de buscar alguma coisa. Foi o que fizemos, a gente começou bem o segundo tempo. Na minha concepção, o Matheus Bahia não fez falta para o segundo cartão. Houve uma intervenção lateral, uma disputa de bola. Aí perdemos mais um jogador, não bastando a situação do pênalti. A expulsão do Rossi já é outra situação”, destacou.

Conteúdo: Bahia Notícias
Editado: Ivan Cerqueira

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