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Cachoeira sedia primeiro plantio de macaúba da Acelen Renováveis no Recôncavo Baiano

Projeto pioneiro prevê cultivo de 1.500 hectares e geração de até 85 mil empregos com foco na produção de biocombustíveis

A Acelen Renováveis iniciou, nesta quarta-feira (21), o plantio de mudas de macaúba na Fazenda Campinas, localizada em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. A iniciativa marca a implantação da primeira fazenda-modelo da empresa destinada à produção de combustíveis sustentáveis, como o querosene de aviação (SAF) e o diesel renovável (HVO).

Ao todo, cerca de 800 mil mudas de macaúba, originárias do viveiro da empresa em Mucugê, na Chapada Diamantina, serão plantadas na propriedade. A área inicial de cultivo corresponde a 200 hectares, com previsão de expansão para até 1.500 hectares. A escolha de Cachoeira para sediar o projeto se deve às condições agronômicas favoráveis e à sua localização estratégica, próxima a São Francisco do Conde, onde será construída a biorrefinaria da Acelen Renováveis.

O projeto prevê o cultivo de 180 mil hectares de macaúba entre a Bahia e Minas Gerais, convertendo áreas de pastagens degradadas em florestas produtivas. Com isso, a expectativa é gerar até 1 bilhão de litros anuais de combustíveis renováveis a partir de 2030. A iniciativa também deverá criar aproximadamente 85 mil empregos diretos e indiretos, movimentando cerca de US$ 40 bilhões na economia brasileira ao longo dos próximos dez anos.

Parte significativa do cultivo será realizada em parceria com pequenos produtores e agricultores familiares, que responderão por cerca de 20% da produção. A macaúba é uma palmeira nativa do cerrado brasileiro, altamente produtiva e reconhecida por sua capacidade de regenerar solos degradados, além de ser até 10 vezes mais eficiente na produção de óleo por hectare do que a soja.

A cerimônia de inauguração do plantio contou com a presença de autoridades locais e estaduais, como a prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga, que destacou o papel do município na transição energética, e o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Angelo Almeida, que ressaltou o impacto positivo do projeto na economia verde do estado.

A previsão é que a biorrefinaria comece a operar em 2027, utilizando inicialmente óleo vegetal e gorduras animais não comestíveis para produzir combustíveis renováveis, e, posteriormente, incorporando a macaúba como matéria-prima principal.

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