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Cobertura vacinal cai e população acredita ser consequência de preferências políticas

O Brasil atingiu em 2021 a pior cobertura vacinal nos últimos vinte anos. O dado faz parte de um levantamento do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo os números oficiais, de 2015 até 2023, a taxa de imunização caiu de 95% para 68%. A equipe do Repórter Metropole foi às ruas para saber a quais causas a população soteropolina atribui esse déficit no setor da saúde.

Em 2023, o governo brasileiro, na gestão do presidente Lula, anunciou o Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de retomar a confiança da população na ciência, no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas vacinas. Ainda assim, o levantamento feito este ano não indicou avanço na aplicação de imunizantes. Para a maioria dos entrevistados, as ideologias políticas são as principais responsáveis pela escolha de não se vacinar. “Muitas pessoas não se vacinam por questões políticas. As fake news publicadas nas redes sociais também atrapalham muito isso”, admite André Silva.

Já um outro usuário do sistema, Ícaro Rodrigues, analisa que o país vive uma onda anti-vacinação, polarização e desinformação desde a pandemia do Covid-19. “Muita gente está rejeitando as vacinas. A política tem um papel significativo para isso desde a pandemia”, diz. Val Ribeiro opina que, mesmo sob esse cenário, é crucial se vacinar. “Cientificamente, é a coisa mais viável e acertada a se fazer. Eu acredito muito na ciência”. Simone Lima acrescenta que a ignorância de achar que a vacina contra a Covid-19 causa outras enfermidades é a principal questão em torna desse novo dado. “A gente já nasceu tomando vacina e ninguém morreu por isso. A vacina é necessária sim”, finaliza.

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