O Hotel Colombo, um dos principais símbolos do patrimônio histórico da cidade de Cachoeira, desabou na noite deste domingo, 18. O prédio, localizado no centro da cidade, estava em ruínas há anos e, com o desabamento de hoje, carros que estavam estacionados nas proximidades foram atingidos.
De acordo com informações preliminares, ninguém ficou ferido no incidente. O prédio, embora tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é uma propriedade privada e estava em ruínas há algum tempo.
Localizado às margens do Rio Paraguaçu, o Hotel Colombo já recebeu turistas, autoridades e personalidades da época. O casarão faz parte do conjunto arquitetônico tombado como patrimônio histórico da cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. A gradual deterioração do prédio, agora culminando em seu desabamento, levanta questões sobre a preservação de patrimônios históricos e a responsabilidade de propriedades privadas tombadas.
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Cronologia do ápice e declínio do Colombo
- 1830: Construção de dois pavimentos do sobrado, em frente ao Rio Paraguaçu, no centro de Cachoeira
- 1859: Dom Pedro II é uma das personalidade que se hospedam no sobrado
- 1936: Aurélio Bouzas, nascido em Pontevedra, chega ao Brasil
- 1940: Aurélio inaugura o Hotel Colombo
- 1962: Filho de Aurélio, Heraldo se junta a dois amigos para criar a banda Os Tincoãs
- 1975: Família de Heraldo vende hotel, depois da morte de Aurélio, em 1972
- 1989: Enchente no Rio Paraguaçu prejudica cidade que já passava por declínio
- 1992: Novo dono vende para Raimundo, que fecha o hotel
- 2014: Prefeitura desapropria hotel para abertura de campus da UFRB
- 2016: Prefeitura desiste da ação de desapropriação do terreno
- 2018: Justiça reconhece desapropriação, mas Raimundo reivindica pagamento
- 2019: Parte do sobrado onde funcionava o Hotel Colombo cai e começa luta pela não-paternidade.
#RevistaRecôncavo | Ivan Cerqueira