Defesa e Forças Armadas apresentam notícia-crime contra Ciro Gomes, que rebate: “Ameaça”
O Ministério da Defesa e as Forças Armadas apresentaram uma notícia crime ao procurador-geral da República, Augusto Aras, contra o pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), após comentário sobre “holding de crime” na Amazônia, em entrevista à rádio CBN.
A ação acusa Ciro de suposto crime de “Incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade”.
Em nota pública, o pré-candidato respondeu à nota do comando das Forças Armadas, que afirma ser uma ameaça equivocadamente baseada nos artigos 286 do Código Penal e 219 do Código Penal Militar.
“A nota, que mais uma vez explicita o grau de politização do atual comando das Forças Armadas, tenta distorcer a crítica que fiz ao notório descontrole que impera, em áreas da Amazônia, onde uma “holding do crime” age impunemente.”, escreve em seu perfil do Twitter.
Ciro cita ainda as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips como últimos episódios desta realidade.
“Em nenhum momento, disse que as Forças Armadas, enquanto instituições de estado, estariam envolvidas com essa holding criminosa. Afirmei – e reafirmo – que frente à desenvoltura com que um tipo de estado paralelo age na área, é impossível não imaginar que alguns membros das forças de segurança possam estar sendo coniventes por dolo ou omissão”, escreve.
O pedetista também reiterou que há interferências no processo político. “Não me surpreende que a iniciativa desta ação política contra mim – e contra a minha pré-candidatura – parta de um Ministro da Defesa que, possivelmente obedecendo ordens de seu comandante supremo, vem se notabilizando por tentativas de interferência no processo político”, afirma.
Foto: Divulgação
Por: Metro1