Pelo menos dois suspeitos foram presos em São Paulo por suspeita de negociar as 21 armas furtadas do arsenal do Exército em Barueri, em setembro de 2023. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro fez a prisão durante a operação Tormentourum Vendito.
Após uma denúncia anônima, a dupla foi localizada em um condomínio de luxo em Santana de Parnaíba. Durante a execução dos mandados de buscas e apreensão em endereços ligados à quadrilha dos dois presos, os agentes apreenderam uma pistola, dois carregadores, um rastreador, quatro carros, um caminhão, 12 telefones celulares, três notebooks, pen drives, documentos diversos e outros materiais.
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, depois do furto, quatro metralhadoras calibre ponto 50 e outras quatro Mags, calibre 7.62 foram recuperadas, em outubro do ano passado, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O armamento foi encontrado em um carro roubado e abandonado em um dos acessos da Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio. Já no início de novembro, mais duas metralhadoras calibre ponto 50 foram recuperadas, na Praia da Reserva, na mesma região.
“A equipe da DRE levantou informações, realizou um trabalho de inteligência e analisou um vídeo circulando na internet. Os agentes identificaram a dupla e constataram que estaria negociando as armas para que traficantes do Comando Vermelho e milicianos utilizassem nos confrontos nas regiões da Gardênia Azul e na Cidade de Deus, na Zona Oeste”, afirma a Sepol, em nota.
As investigações apontam atuação dos presos e outros investigados no comércio ilícito de armas de fogo, principalmente de uso restrito, bem como práticas criminosas, como receptação e clonagem de veículos para escambo por armas com grandes fornecedores.
O Ministério Público Militar denunciou oito pessoas, sendo quatro civis e quatro militares. As armas foram encontradas com integrantes do crime organizado e 19 armas foram recuperadas.
Por: Metro1
