Uma operação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da União (DPU) resgatou 11 pessoas de uma mesma família que trabalhavam em condições análogas à escravidão na zona rural de Santa Inês, no Vale do Jiquiriça, na Bahia.
Segundo a Superintendência do Trabalho, o grupo estava em um alojamento precário, sem acesso a água corrente e com alimentação improvisada. Além das 11 pessoas resgatadas, outras oito, incluindo crianças, estavam no local.
O empregador estava presente no momento da operação e recebeu um termo de ajuste de condutas. Além disso, houve um acordo para o pagamento das verbas trabalhistas e rescisórias no valor de R$ 50 mil.
Os trabalhadores alegaram que a alimentação era escassa e que chegaram a passar fome. Eles também informaram que foram comunicados que estariam devendo ao empregador. A Superintendência do Trabalho afirma que a situação se constitui como servidão por dívida, um dos indicadores de trabalho escravo.
A família é natural de Capim Grosso, no norte da Bahia e viajou mais de 300 quilômetros até Santa Inês para trabalhar com gado. Os onze resgatados eram responsáveis pelo trabalho roceiro e cuidados com o gado, mas sem condições seguras.
O resgate foi realizado por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho, acompanhados de uma procuradora do trabalho, um procurador da DPU e uma assistente social da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, além de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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