O jornalismo perdeu nesta terça-feira (25) uma das profissionais mais talentosas, comunicativas e queridas do público do Rio de Janeiro. Depois de uma longa batalha contra o câncer, morreu, aos 49 anos, a repórter Susana Naspolini
Ela virou uma das repórteres mais queridas dos cariocas. Era o jeito único que cativava o público. Susana Naspolini era a voz de quem luta por uma vida mais digna.
Susana inventou uma maneira diferente de fazer jornalismo comunitário. No quadro RJ Móvel, exibido no RJ 1ª Edição, ela mostrava os problemas da cidade sempre com bom humor e leveza, mas era firme na cobrança das autoridades.
“Eu acho a missão do RJ Móvel é levar esperança para as pessoas, eu acho assim, é levar esperança, é levar ajuda, é melhorar a vida das pessoas. E mais que isso, é mostrar para as pessoas o quanto elas têm força”, disse em entrevista ao Memória Globo em 30 de janeiro de 2017.
Susana criou uma conexão única com os cariocas mesmo sendo catarinense de Criciúma. Era também com esse jeito leve e otimista que Susana encarava uma longa batalha pessoal contra o câncer, descoberto pela primeira vez em 1991, quando tinha 18 anos. E vieram outros, enfrentados sempre com tanta força e esperança que Susana virou também inspiração para pessoas que sofrem com a doença.
Depois de vencer o câncer pela quarta vez, em 2019 Susana lançou a autobiografia “Eu escolho ser feliz”. “Se o livro ajudar uma pessoa que seja já vai ter cumprido a missão.”
Em entrevista no “Encontro com Fátima Bernardes”, falou não só sobre o câncer, mas principalmente sobre otimismo e esperança: “Eu acredito no título do livro. É muito escolher ser feliz, também.”
Em 2021, na pandemia, publicou o segundo livro, “Terapia com Deus”, sobre ter fé nos momentos difíceis.
A doença se espalhou para outros órgãos, e o tratamento obrigou Susana a se afastar. A jornalista, apaixonada pelo trabalho, mantinha o contato com o público pelas redes sociais.
Quando teve que raspar a cabeça, compartilhou o vídeo com os 200 mil seguidores. Estava com a filha, Júlia, de 16 anos.
A doença levou o sorriso, a graça, a leveza, mas ficam o exemplo e a força de uma mulher, de uma jornalista, mãe, que, apesar das duras batalhas, sempre escolheu ser feliz.
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