
O policial militar Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, foi solto após uma decisão judicial que substituiu sua prisão preventiva por medidas cautelares. Ele havia sido detido no dia 9 de abril, durante a segunda fase da Operação Falsas Promessas, conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A investigação apura um suposto esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro.
A defesa de Tchaca, em nota oficial divulgada por sua assessoria de imprensa, argumentou que os autos do processo não indicam movimentação financeira ou envolvimento direto do policial com os demais investigados. A prisão preventiva, segundo a defesa, baseou-se na suspeita de que o militar teria tido acesso prévio a informações da operação e atuado em favor de outros alvos, o que foi interpretado como tentativa de obstrução de justiça.
Além de negar envolvimento com atividades ilícitas, Tchaca denunciou publicamente um suposto esquema de extorsão, alegando cobrança de R$ 80 mil por investigado para evitar a decretação de prisão preventiva. Ele afirma que os pedidos de prisão chegaram a ser indeferidos, mas não há registro oficial dessa decisão nos autos. Com a decisão, Lázaro Alexandre responderá ao processo em liberdade, sob monitoramento judicial.
A decisão judicial que revogou a prisão de Tchaca e de outros investigados impôs as seguintes medidas cautelares, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal: comparecimento a todos os atos do processo e manutenção de endereço atualizado; apresentação bimestral à Justiça para informar e justificar atividades; proibição de sair do município de residência por mais de dez dias sem autorização judicial; proibição de promover ou divulgar rifas ou jogos de azar, inclusive por redes sociais; e monitoramento eletrônico por 90 dias, com restrição geográfica ao estado da Bahia.
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