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Países da União Europeia pedem que a Venezuela publique atas de votação da eleição

No sábado (3), os governos de Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal fizeram um apelo às autoridades venezuelanas para que publiquem “rapidamente todos os registros” da recente eleição presidencial. A declaração visa garantir “total transparência” no processo eleitoral, diante das alegações de fraude e falta de clareza no resultado. O comunicado dos sete países da União Europeia expressa sua “forte preocupação” com a situação na Venezuela, onde o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória do atual presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato.

O pedido dos países europeus ecoa uma declaração anterior feita na quinta-feira (1º) por Brasil, Colômbia e México, que também solicitaram a divulgação pública dos dados desagregados por mesa de votação.
Enquanto isso, pelo menos cinco países da América Latina, além dos Estados Unidos, reconheceram publicamente Edmundo González Urrutia como o presidente eleito da Venezuela. O Peru foi o primeiro a fazer tal reconhecimento na terça-feira (30), seguido pelos Estados Unidos, Uruguai, Equador, Costa Rica e, posteriormente, Panamá. A Argentina inicialmente reconheceu González, mas recuou horas depois.

Por outro lado, países como Cuba, Nicarágua, Honduras, além de Rússia e China, apoiam a reeleição de Maduro. O CNE anunciou que Maduro recebeu 52% dos votos, enquanto González obteve 43%, com 97% das urnas apuradas. No entanto, até o momento, Caracas não apresentou as atas eleitorais para confirmar esses números, apesar da pressão internacional.

O regime venezuelano alegou que um ataque hacker teria dificultado a apresentação dos resultados detalhados, com Maduro acusando Elon Musk, dono da rede social X, de estar envolvido no incidente. A oposição, por sua vez, alegou ter acesso aos documentos e publicou atas que indicam uma vitória de González com 67% dos votos e 80% das mesas de votação contabilizadas.

Uma análise independente realizada por pesquisadores brasileiros, com base em atas coletadas por uma ONG venezuelana, corroborou a alegação da oposição, sugerindo que González teria obtido 66% dos votos, enquanto Maduro teria 33%.

Folhapress

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