Ídolo do UFC, José Aldo diz adeus ao MMA: “hora de seguir em frente”

José Aldo, considerado um dos maiores nomes do MMA brasileiro, anunciou sua aposentadoria neste domingo, 11 de maio de 2025, após ser superado por Aiemann Zahabi na co-luta principal do UFC 315, realizada no Bell Centre, em Montreal. Em entrevista pós-luta, Aldo afirmou que já não tinha mais vontade de seguir competindo e que chegou o momento de dedicar-se à esposa e aos filhos. “Ainda tentava reviver o sonho de ser campeão, mas percebi que é hora de seguir em frente, curtir minha esposa, meus filhos. Não quero mais estar nesse ambiente”, declarou.

No encontro de três rounds contra o canadense Zahabi, Aldo começou bem, mas perdeu ritmo na metade do combate. Zahabi impôs forte pressão, conectou cotoveladas que abriram um corte profundo na testa do brasileiro e garantiu a vitória por decisão unânime (29–28 em todos os cartões). Além do desgaste físico natural dos 38 anos, o veterano relatou ter lutado mesmo após sofrer uma série de lesões — incluindo um rompimento de músculo no braço, problemas abdominais e uma infecção viral na véspera do duelo — que quase o fizeram desistir do confronto.

Campeão inaugural do peso-pena do UFC após a fusão com o WEC, em novembro de 2010, Aldo manteve o cinturão por incríveis 1.848 dias, com sete defesas consecutivas até 2015. Sua carreira profissional soma 32 vitórias e 10 derrotas, incluindo 14-9 no UFC e invictos 8-0 no WEC . O “Du Bronks” conquistou status de lenda ao nunca ser derrotado dentro do octógono até o nocaute relâmpago de Conor McGregor, em 2015, e ao retornar ao topo brevemente em 2016, antes de sofrer nova derrota para Max Holloway.

Em seu comunicado oficial, Aldo agradeceu à família, aos fãs e à liderança do UFC, afirmando que prefere agora voltar sua atenção para projetos pessoais e assumir um papel de mentor para as novas gerações de lutadores. “Dana [White], muito obrigado por tudo. Também agradeço a todos do UFC. Esta semana foi extremamente difícil para mim, não em termos de corte de peso, mas por estar travando uma batalha interna”, concluiu, encerrando uma das trajetórias mais vitoriosas da história das artes marciais mistas.

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