Na tarde desta segunda-feira (11), por volta das 14h50, a Polícia Militar, por meio da 27ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), recebeu novas denúncias de ameaças contra morador de comunidade quilombola. As ameaças foram contra a vida do caseiro da Fazenda Guaíba, localizada no Tabuleiro da Vitória, no município de Cachoeira.
De acordo com a Polícia Militar, ao chegar no local, a guarnição encontrou apenas o caseiro, que relatou ter sido ameaçado por três indivíduos desconhecidos. Eles exigiram que ele deixasse a casa, alegando que seria o melhor para sua vida.
A guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) e a Coordenadora de área aconselharam o caseiro a registrar uma queixa na delegacia contra os indivíduos. Ao chegar à delegacia de Cachoeira, o delegado colheu o depoimento da vítima e registrou o boletim de ocorrência.
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No dia 9 de setembro, por volta das 13h, um homem, vizinho da Fazenda Guaibim, acionou a polícia após denúncias dos moradores a respeito de ameaças que haviam sofrido. De imediato, foram deslocadas três guarnições e o coordenador de área.
Ao chegar à fazenda, a guarnição manteve contato com o caseiro, que informou que apenas toma conta da sede da fazenda e informa quando novos posseiros chegam ao assentamento. Segundo o caseiro, a informação é passada por um grupo de WhatsApp e um grupo de indivíduos age por conta própria na expulsão e desmanche das barracas.
As vítimas relataram que, por volta das 13h, quatro indivíduos atearam fogo na casa em construção e efetuaram vários disparos de arma de fogo e ameaçaram de morte os moradores.
Os policiais prestaram o apoio necessário às vítimas e orientaram a registrarem a situação relatada na Delegacia Local. As investigações estão em andamento.
Situação no município: Major PM Alexandre Messias visita Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, na Terra Vermelha, após ameaças
Na última sexta-feira (08), o Major PM Alexandre Messias, comandante da 27ª CIPM, visitou o Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, localizado também em Cachoeira, como parte das Rondas da Liberdade, uma iniciativa para proteger comunidades de Terreiros e quilombolas.
O terreiro, uma área remanescente de quilombos, foi criado em 1736 e transferido para Cachoeira em 1912 por Mãe Judite de Xangô. Durante a visita, o Major discutiu as ameaças que os membros do terreiro estão enfrentando devido a um conflito de terra e determinou a inclusão do Terreiro nas Rondas da Liberdade. A iniciativa visa garantir a segurança dessas comunidades e preservar o Patrimônio Histórico e Ancestral africano no Recôncavo baiano.
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