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Bahia: número de desaparecidos aumenta 141% em cinco anos

Mais de 1,5 mil registros de pessoas desaparecidas foram feitos neste ano no estado.

Entre 2020 e 2024, o número de pessoas desaparecidas na Bahia cresceu 141%. O estado registrou 1.550 desaparecimentos entre janeiro e maio deste ano, contra 643 no mesmo período de 2020. Os dados são do Ministério da Justiça e Segurança Pública, através do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

Ao longo dos cinco anos, houve uma crescente no número de registros na Bahia. Em 2021, 694 pessoas foram consideradas desaparecidas no estado. Já em 2022, foram 1.310. No ano passado, o estado atingiu a marca de 1.494 desaparecidos. Os números são referentes aos cinco primeiros meses de cada ano.

Para a Polícia Civil (PC) da Bahia, o aumento expressivo não significa que o número de desaparecidos cresceu na mesma medida. O órgão justifica a crescente pela alteração na metodologia de coleta, extração e consolidação de dados, no fim de 2021, a partir da implementação do sistema Sinesp de Procedimentos Policiais Eletrônicos (PPE).

“Tal alteração explica o crescimento brusco dos números de 2021 pra 2022 e a posterior estabilização dos índices, com discreto aumento de 3,7% entre os cinco primeiros meses de 2023 e o mesmo período de 2024”, informa o órgão em nota. . “A troca de plataforma, com a descontinuidade do Sistema de Gerenciamento Estatístico (SGE), possibilitou estatísticas mais precisas para a criação de políticas de segurança pública – minimizando, também, a subnotificação de ocorrências”, conclui a Polícia Civil.

A Bahia é o sétimo estado com mais registros de desaparecidos este ano, segundo o Sinesp. São Paulo ocupa a primeira posição, com 6.410 pessoas desaparecidas, seguido do Rio Grande do Sul (3.486) e Santa Catarina (3.402). Estado mais populoso da região Nordeste, a Bahia é o estado com mais desaparecidos na região. Em segundo lugar aparece Pernambuco, com 5.463 registros.

Além da mudança de sistema da Polícia Civil, em 2021, a pandemia também contribuiu para a subnotificação dos dados. É o que apontou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de 2023. “Em decorrência da pandemia nossa hipótese é que os registros no biênio caíram não porque as pessoas pararam de desaparecer, mas pelo impacto do isolamento social na comunicação do fenômeno às delegacias de polícia”, diz estudo.

Conteúdo Correio.

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