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25 anos sem Renato Russo: relembre a história do cantor e compositor

Carioca de nascimento, brasiliense de coração. Acho que nem ele gostaria de ser descrito assim, mas é muito difícil convencer alguém que Renato Russo não era de Brasília, principalmente depois que um dos principais espaços culturais da cidade recebeu o nome dele.

Poucos artistas conseguiram traduzir com tanta exatidão a capital melancólica de Pais e Filhos, Independência e Por Enquanto. Em Música Urbana projetou para fora do quadradinho a sensação de estar na Rodoviária do Plano Piloto, onde as ruas têm um cheiro de combustível e não se vê a Torre de Televisão – um local muito visitado na região central da cidade.

Sintetizou a Brasília do Poder em canções como Índios, Perfeição e aquela que traz uma pergunta que ecoa há quase 40 anos… Que País é Esse?

Com o Distrito Federal de pano de fundo, Renato compôs tragédias em forma de ópera rock, como a de João de Santo Cristo e Maria Lúcia, em Faroeste Caboclo, mas também contou que “não existe razão nas coisas feitas pelo coração”.

Renato Manfredini Júnior nasceu em 27 de março de 1960, menos de um mês antes da inauguração da capital que tem nas músicas dele boa parte de sua trilha musical. Na adolescência, morando em Brasília, enfrentou uma doença rara. Entre a cama e a cadeira de rodas, surgiu um ávido leitor e compositor, que criava bandas imaginárias.

Na passagem dos anos 70 para 80, passou a andar com filhos de professores da Universidade de Brasília e, com eles, formava a Turma da Colina. Primeiro veio a banda Aborto Elétrico. Depois, a fase solo, como Trovador Solitário e, em seguida, a Legião Urbana.

Renato Russo nos deixou há exatos 25 anos, no dia 11 de outubro de 1996, vítima de complicações causadas pela aids, com apenas 36 anos. Como ele mesmo cantava em Love in the Afternoon, “é tão estranho, os bons morrem jovens”. 

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