A mulher que denunciou o ex-participante do Big Brother Brasil Felipe Prior por estupro disse ter ficado “muito aliviada” com a condenação dele na semana passada. Prior foi sentenciado a 6 anos de reclusão a regime semiaberto pelo crime ocorrido em 2014.
“Foi uma vitória. Não só para mim, foi uma vitória para todas as mulheres que também passam e passaram por essas situações. A Justiça foi feita”, afirmou ela em entrevista ao Fantástico. “Confio muito na capacidade das minhas advogadas, todo o trabalho que elas fizeram nesses três anos e meio, mas eu tinha medo de perder esse processo pelo contexto que a gente está vivendo no mundo”, revelou.
Na entrevista, a vítima de Prior deu detalhes sobre o crime e disse que pediu para que o ex-BBB parasse diversas vezes.
“À medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei ‘Felipe, eu não quero, não quero’, e ele continuou insistindo, continuou tirando a minha roupa e começou a penetração. Cada vez que eu falava que eu não queria, ele se tornava mais agressivo”, disse a mulher na entrevista exibida nesse domingo (16/7). Ela não teve a identidade revelada.
A mulher afirmou que Prior só interrompeu o ato sexual forçado quando percebeu que ela estava sangrando muito.
“Aconteceu a laceração, que foi bem dolorosa. Eu gritei. Começou a sair muito sangue. E eu comecei a gritar de dor, e aí ele parou imediatamente, falou: ‘O quê que é isso? E eu, tipo, não sabia o que estava acontecendo, estava muito assustada. Só fui pegando minhas roupas e tentando estancar o sangue. Aí ele perguntou se eu queria ir para o hospital. Falei que não, que eu só queria ir para minha casa.”
“[Ver o sangue] foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Fez uma poça de sangue no carro dele, nele. Sinceramente, acho que ele ficou mais preocupado com o carro dele do que comigo. Eu senti uma dor que eu nunca senti antes”, disse a vítima.
Ficha caiu anos depois
“Em 2017, se não me engano, começou um movimento do Me Too, que bombou na internet. Eu comecei a entrar em contato com todos esses relatos, essas denúncias de mulheres, e consegui conversar com as minhas amigas sobre isso. Foi quando caiu a ficha que eu tinha sido estuprada”, disse.
“Foi quando realmente caiu a ficha de que não era minha culpa. Que não era minha responsabilidade. Que eu não tinha feito nada de errado e que ele tinha me estuprado.”
(Metrópole)
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