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‘Candidatas a primeira-dama’: o que o estilo de Janja, Michelle e Giselle diz sobre elas; cruzalmense é uma das convidadas d’O GLOBO para falar sobre o assunto

Especialistas em consultoria de imagem, ouvidos pelo jornal O GLOBO, avaliaram a diferença entre os looks das mulheres dos três candidatos à Presidência com melhor desempenho nas pesquisas. Entre elas, a cruzalmense Lídia Cabral consultora de moda.

A reportagem mostra como os estilos diferentes de Rosângela Silva, Michelle Bolsonaro e Giselle Bezerra, respectivas mulheres de Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes,  traduzem suas personalidades. Acompanhe as análises. 

Com papéis mais ativos na corrida presidencial, as primeiras-damas aparecem como figuras relevantes na comunicação com o eleitorado feminino, representado por 82,3 milhões de mulheres, 10 milhões a mais que homens aptos a votar no primeiro turno, segundo a Justiça Eleitoral.

Enquanto Michelle Bolsonaro se aproxima do público cristão, mantém a coerência visual de seu discurso tradicionalista com vestimentas formais e recatadas. Já Rosângela “Janja” da Silva abusa do vermelho, cor que se tornou uma associação instantânea ao Partido dos Trabalhadores. Ganhando destaque na campanha de Ciro Gomes, Giselle Bezerra é co-apresentadora da live semanal “Ciro Games”, e se mostra moderna, ressaltando juventude e neutralidade nos figurinos, que equilibram o formal e o casual.

Para a consultora de moda Marina Naves, uma primeira-dama tem um papel político. Ela pode ter ligação com instituições de caridade, participar de almoços, de eventos e comícios no período eleitoral.

— O look de uma (futura) primeira-dama precisa mostrar que ela está de acordo com o estilo de vida que o casal quer mostrar e com os ideais do partido. Independente do cenário, ela será esse espelho, essa continuação do presidente e das bandeiras levantados por eles — analisa.

O que Michelle, Janja e Giselle têm em comum? Para a stylist e professora de moda Manu Carvalho, as três estão em um excelente nível de conhecimento de moda e bom gosto:

— Não tem nada gritante e não tem nada aquém. São todas adequadas aos espaços em que ocupam, então não duvido que há stylists por trás das três. Elas mostram que estão conectadas.

Veja, abaixo, os detalhes no estilo de cada uma:

O que Michelle, Janja e Giselle têm em comum? Para a stylist e professora de moda Manu Carvalho, as três estão em um excelente nível de conhecimento de moda e bom gosto:

— Não tem nada gritante e não tem nada aquém. São todas adequadas aos espaços em que ocupam, então não duvido que há stylists por trás das três. Elas mostram que estão conectadas.

Veja, abaixo, os detalhes no estilo de cada uma:

Janja da Silva

Linhas curvas, estampas florais e com fotos do marido, acessórios rústicos e a presença constante da cor vermelha são elementos sempre presentes no estilo da socióloga, um casual bem esportivo. A combinação de jeans e tênis, além do uso de roupas de malha, vem para mostrar conforto em um dia a dia de comícios .

— O cabelo dela é ondulado e está sempre solto, o que traz uma leveza e uma comunicação mais acessível. Quando ela aparece usando peças clássicas, são em cores vibrantes, o que quebra a rigidez dessas peças. Das três, a Janja é que se mostra mais acessível, e isso se mostra muito nos tecidos que ela usa — observa a consultora de moda Lídia Cabral.

Marina Naves acrescenta:

— Com menos seriedade em um excesso de linhas suaves, é como se os looks de Janja dissessem “estou à vontade, confortável, eu sou sua amiga”.

Michelle Bolsonaro

Para as consultoras, a atual primeira-dama Michelle passou por um processo de mudança na comunicação de imagem desde que o marido assumiu a Presidência. Segundo Lídia Cabral, a virada mais marcante foi no cabelo, que passou de um louro com movimento para um tom mais escuro e madeixas mais curtas e alinhadas.

— Ela aumentou o contraste dela e diminuiu os fios, trazendo mais força, elegância, autoridade para ela. Tirou um pouco a sensualidade do cabelo louro.

Marina Naves analisa essa mudança como uma estratégia de aproximação do eleitorado feminino, com a intenção de mostrar-se mais atuante e engajada na política:

— É muito interessante essa mudança, porque antes, a Michelle tinha uma figura mais delicada e feminina. Ela enrijeceu sua figura. Manteve o uso de saias e vestidos, mas com estruturas de alfaiataria, linhas retas e cores escuras. Como o público do Bolsonaro é mais religioso, ela usa roupas mais tampadas. O cabelo bem curtinho é mais prático e menos donzela.

Giselle Bezerra

Mesclando jeans e camiseta com alfaiataria sóbria e estruturada, Giselle Bezerra fica em um patamar intermediário entre o estilo de Janja e Michelle. As especialistas observam o uso de tons e linhas neutras, ressaltando a ideia de neutralidade e sobriedade, mas com modernidade, feminilidade e jovialidade.

— Giselle é contemporânea, com um mix de estilos bem atual. Vemos também informação de moda, nos looks monocromáticos, com terceira peça, em modelagens como a de um ombro só, em cores neutras como nos off whites e beges, caquis e no verde oliva — analisa a stylist Manu Carvalho.

Misturando uma blusa mais simples com um blazer mais estruturado e sofisticado, Giselle tem um estilo casual esportivo, com uso de linhas curvas, babados e movimento, para levar acessibilidade.

— Cabelos sempre soltos, mais longos, trazem a figura da “mulher comum”. Cores neutras e estampas, um casual mais feminino — diz Lídia Cabral.

Looks repaginados

As consultoras acreditam que caso se tornem primeiras-damas de fato, Janja e Giselle passarão por uma mudança de imagem tal qual Michelle Bolsonaro, mas mantendo a personalidade de cada uma nos looks.

A ideia é manter a aproximação com o público, mas acrescentar peças mais formais que se adequem às reuniões e eventos da Presidência.

— Toda mudança de fases na vida traz uma mudança de imagem. A agenda puxa essas mudanças. Assim como a Michelle, elas devem mudar, porque quando você ocupa uma posição de evidência, deve se vestir de tal forma. Certamente as duas vão virar uma chave e acredito também que devem mostrar a imagem que querem passar, mais atuantes, roupas mais utilitárias e práticas — explica Manu Carvalho.

Para Marina Naves e Lídia Cabral, Janja deve aumentar o uso de peças em alfaiataria, mas mantê-las em cores vibrantes que marcam seu estilo pessoal. Quanto à Giselle, ambas concordam que um corte de cabelo com fios mais curtos e alinhados levaria mais autoridade à imagem da produtora cultural.

 #RevistaRecôncavo | conteúdo O GLOBO

 

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