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Anestesista é preso em flagrante por estupro de uma paciente que passava por cesárea no RJ; mãe de outra paciente faz denuncia contra o médico

Um médico anestesista foi preso e autuado em flagrante, na madrugada desta segunda-feira (11), por estupro. Segundo investigadores, Giovanni Quintella Bezerra abusou de uma paciente enquanto ela estava dopada e passava por um parto cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart em Vilar dos Teles, São João de Meriti, município na Baixada Fluminense.

A prisão foi feita pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, após funcionários da unidade de saúde filmarem o anestesista colocando o pênis na boca de uma paciente quando Bezerra participava do parto dela.

De acordo com o G1, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um processo para investigar o caso e tomar medidas administrativas. Já a direção do hospital informou que abriu uma sindicância interna e notificou o Cremerj.

A equipe vinha desconfiando do comportamento do anestesista e estranhava, por exemplo, a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas. Funcionárias do hospital trocaram a sala de parto para conseguir filmar o flagrante.

Foto: reprodução

Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

No domingo (10), o médico já tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida era inviável. Na terceira operação do dia, a equipe conseguiu, de última hora, trocar a sala, esconder o telefone e confirmar o flagrante.

O médico que participou da cesariana, no momento em que o crime foi cometido, será chamado para prestar depoimento, de acordo com a Polícia Civil.

Foto: reprodução

Cremerj abre processo para expulsão

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu nesta segunda-feira (11) um processo para expulsar o anestesista.

Clovis Bersot Munhoz, presidente do Cremerj, disse que “as cenas são absurdas”.

A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde, a que o Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, está subordinado, repudiaram em nota a conduta do médico anestesista.

“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família”, afirmaram.

“Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”, emendaram.

A polícia tenta descobrir outras possíveis vítimas do anestesista.

Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso e autuado em flagrante, na madrugada desta segunda-feira (11), por estupro. — Foto: Reprodução/ TV Globo

Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso e autuado em flagrante, na madrugada desta segunda-feira (11), por estupro. — Foto: Reprodução/ TV Globo

Outra denúncia – ‘Quando voltou da mesa de cirurgia, ela veio suja’, diz mãe de outra paciente sedada por médico preso após estupro

Depois da prisão do anestesista Giovanni Quintella, detido em flagrante pelo estupro de uma paciente durante uma cesariana, a mãe de outra paciente sedada pelo médico relatou em entrevista à TV Globo também ter estranhado como a filha voltou da mesa de cirurgia.

“Quando minha filha veio da mesa de cirurgia, ainda desacordada, ela veio suja. Percebi sobre o rosto e sobre o pescoço dela algumas casquinhas secas, brancas. Eu não sabia o que era. Achava que era algum medicamento que tinha entornado”, contou.

Ainda segundo a mãe, a paciente disse a ela que “todo o tempo o Giovanni [anestesista] ficou perto da cabeça”. [“Ela disse]: ‘Eu, meio sonolenta, falei pra ele: por que eu tô com tanto sono assim?”, citou a mãe. “E ele todo o tempo falando: ‘Não, fica calma, relaxa, dorme, fica tranquila’”.

A delegada responsável pelo caso se disse estarrecida com o que está apurando na investigação. “Nunca tinha visto nada parecido. A gente tem 21 anos de atuação na polícia, acostumados com atrocidades, toda sorte de violência”, disse a delegada Bárbara Lomba.

#RevistaRecôncavo | conteúdo G1

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