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Vereador baiano preso pela Overclean é vaiado durante posse e reage: ‘Covardes’

Apesar das acusações e do clima de tensão, o vereador declarou que continuará exercendo seu mandato e trabalhando pelo município.

O vereador Ailton Figueiredo Souza Júnior, conhecido como Júnior Figueiredo (PSDB), foi alvo de intensas vaias durante a cerimônia de posse realizada na noite de quarta-feira (1º), em Nazaré. Investigado por suposto envolvimento em um esquema de desvio de R$ 1,4 bilhão, apurado pela Operação Overclean, Figueiredo utilizou seu discurso para rebater os protestos do público.

“Podem vaiar, porque a vaia é dos fracos, covardes! Um momento lindo desse de festa… Não estou entendendo isso. Estou tranquilo, sabe por quê? Porque o povo me elegeu vereador e eu estou aqui de cabeça erguida para continuar o meu trabalho na minha querida Nazaré”, declarou.

Ele continuou em tom desafiador: “Vaiem… Vaiem mesmo, eu gosto de ficar famoso. Graças a Deus, sempre trabalhei pela minha terra, e vou continuar trabalhando. Inveja mata, cuidado. Eu incomodo, mas quanto mais vaias, mais força eu terei para trabalhar.”

Junior Figueiredo foi detido no dia 11 de dezembro, após se apresentar à Polícia Federal no âmbito da Operação Overclean, que investiga desvios de recursos públicos em licitações fraudulentas, especialmente na Prefeitura de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. O vereador foi apontado como operador do esquema, exercendo influência na administração municipal para garantir o pagamento de contratos irregulares.

Além dele, o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do lixo”, e o vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro (Republicanos), também foram presos na operação. Todos já foram liberados, mas seguem sob investigação.

Ao final da posse, Figueiredo precisou ser escoltado pela Guarda Municipal para deixar a Prefeitura de Nazaré, após ser novamente vaiado por populares. O episódio foi registrado pelo Blog do Valente, parceiro da Revista recôncavo.

Apesar das acusações e do clima de tensão, o vereador declarou que continuará exercendo seu mandato e trabalhando pelo município. A Polícia Federal segue investigando o caso, que ainda não teve desfecho judicial.

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