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Por erro de distribuição, Salvador deixa de receber 400 mil doses da vacina contra a Covid

Por conta de um erro no cálculo de distribuição de doses das vacinas pelo Ministério da Saúde, Salvador deixou de receber 400 mil doses da vacina contra a Covid-19. A afirmação é do secretário municipal de saúde, Leo Prates, que se baseou no número de doses enviadas para capitais que possuem índices populacionais menores que a Bahia.

O caso já foi admitido pelo ministro Marcelo Queiroga que afirmou, durante um evento na noite de ontem, que a distribuição de doses para os estados não levou em conta cálculos demográficos após ser questionado pelo deputado Jorge Solla (PT).

“Nós temos estados que receberam doses suficientes para vacinar 53% num extremo e, no outro extremo, estados que já receberam doses suficientes para vacinar 82,6% ou até mesmo 101%. Rondônia e Tocantins já receberam vacinas suficientes para toda a população”, afirmou Solla.

Queiroga respondeu então que a logística para distribuição de doses é definida em negociações entre União, estados e municípios e pediu que os parâmetros definidos pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) sejam levados em conta para decisões como a inclusão de novos grupos prioritários na vacinação.

O ministro afirmou ainda que os critérios atuais tem se baseado em dados dos grupos prioritários e podem ser revistos em reunião da Comissão Intergestores Tripartites (CIT) programada para o dia 29 de junho.

“Já se discute para que se reveja esses critérios adotando só as questões da demografia dos estados, sem considerar os fatores de risco, porque já foram contempladas. E assim se tenha uma distribuição mais adequada dessas doses. Mas é preciso deixar claro que tudo isso foi uma decisão tripartite e não uma decisão somente do Ministério da Saúde como o responsável pela locação das doses. Tudo isso foi tratado por Conass e Conasems”, afirmou.

Em uma rede social, o secretário Leo Prates afirmou que a fala do ministro é um passo importante para uma distribuição mais justa e que espera uma correção com o envio de pelo menos 225 mil doses para acelerar a vacinação em todo o estado.

“O reconhecimento por parte do ministro da saúde foi um primeiro passo importante. Vamos cobrar o Ministério para que Salvador receba as doses que deixaram de ser enviadas, e estão travando a evolução da imunização da nossa população, espero que o Governo Federal compreenda a importância de reparar esse erro com urgência”, pontuou Prates.

No último informe técnico divulgado pelo Ministério da Saúde, no dia 8 de julho, a pasta divulgou que a Bahia recebeu 111 mil doses da Pfizer e 61 mil da Butantan, uma quantidade menor que estados como o Rio Grande do Sul e o Paraná, que receberam mais de 200 mil doses mesmo com população ativa menor.

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